Indicadores de março apontam que morador de Governador Valadares está pagando as dívidas
quinta-feira, 18 de abril de 2013Dados da Câmara de Dirigentes Logistas de Governador Valadares (CDL GV) apontam que Valadares apresentou estabilidade de vendas e inadimplência no mês de março de 2013. Já os índices nacionais divulgados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) apontam um crescimento de 10,58% nas contas em atraso, em comparação a março de 2012.
Segundo a CNDL, março costuma ser um mês que registra grande número de inadimplências, devido ao aumento das compras não planejadas de fim de ano, e pelas condições de parcelamento das lojas na cidade de Governador Valadares.
De acordo com indicadores da Serasa Experian, o aumento de inadimplência no mês de março, em relação ao mês de fevereiro foi de 3,6 %, o que representa o primeiro crescimento mensal do ano de 2013.
Segundo informações da CDL GV, o índice de recuperação do crédito do valadarense, medido por meio de exclusão de registros no SPC Brasil, aumentou 7,96% em março de 2013 em relação ao mesmo mês de 2012.
A vendedora Flaviane Martins, 24 anos, já teve seu nome nos registros do SPC, mas depois que conseguiu quitar a dívida procura sempre manter as contas em dia. “Eu me organizo, só gasto com o que eu vou ter condições de pagar no próximo mês e sempre tento pagar em dia, porque os juros são muito altos”, explica.
No fim do ano passado, a vendedora fez suas compras de forma parcelada. Ela comprou presentes de Natal, presente de aniversário, além de coisas para seu uso pessoal. “É difícil pagar à vista e, como comprar parcelado a princípio não tem juros, acho melhor parcelar”, conta.
Porém, de acordo com o economista Lucas Gonçalves, não existe uma distância entre a média nacional e Governador Valadares, no Estado de MG. Talvez o que altere um pouco os números é o fato de haver uma grande oferta de empresas na cidade oferecendo aos consumidores recuperação de crédito, normalmente com uma renegociação de dívida, e já com o primeiro pagamento de alguma parcela condicionada para “limpar” o nome”, defende o economista.
Ainda segundo Lucas Gonçalves, o fato de limpar o nome é um artifício, uma vez que a dívida permanece, o que não justificaria uma “euforia” no mercado, e aumento no consumo. “Visando melhorar este indicador, nosso governo deveria concentrar seus esforços no investimento das empresas, deixando o consumo um pouco de lado até para que os consumidores possam sanear dívidas passadas antes de criarem novas”, completa Lucas.
Fonte: G1